O Brasileirão, a Copa do Brasil e a (des)confiança

Estar há quase 14 anos sem ganhar um título é um fardo que todos nós, gremistas, carregamos com muito esforço e tristeza. Não é mole continuar investindo em algo que não dá resultado há mais de uma década. Seria trágico se não fosse cômico; se não fosse futebol. O grito de campeão está preso em nossas gargantas, eufórico para ser solto. Será neste ano?

O primeiro objetivo do Grêmio para 215, que era o Gauchão, não foi conquistado. Estávamos todos confiantes no título que era quase que obrigação, e que tínhamos plenas chances de conquista-lo, mas que nos foi tirado pelo Internacional. Que foi superior. A primeira punhalada foi dada cedo em nossos corações. Seguimos.

A Copa do Brasil já começou. Este foi nosso último grande título, lá em 2001. O Tricolor passou pelo Campinense na fase preliminar e vai agora para o próximo mata mata com grande risco de também avançar de fase na competição em que somos tetra campeões. Será que vem o penta?

Amanhã começa o Campeonato Brasileiro 2015 para o Grêmio (ia citar quanto tempo havia que não ganhávamos este, mas... melhor não). Um campeonato de pontos corridos em que o time de melhor campanha leva o título. O Grêmio tem culhão para fazer frente à outros dezenove times e construir uma excelente campanha para no final gritar “é campeão”?

Felipão chegou em julho do ano passado. Não conseguiu fazer muita coisa, deixou o Grêmio em setimo ao fim do Brasileirão e seguiu seu trabalho. Agora, depois de toda uma pré-temporada de muito trabalho com o elenco, o comandante terá um ano cheio para tentar mudar a história. Fazer-nos felizes outra vez.

Nosso elenco não é lá essas coisas. Não temos craques, não temos jogadores com estrela. Temos pessoas que jogam futebol. Alguns guris que se destacaram na base e subiram. Mas os campeonatos que o Grêmio irá disputar este não são para garotos, e sim para homens. Sendo assim, presume-se que não será fácil. 

“Se fosse fácil não seria Grêmio!”, “Contigo na boa e na ruim!”, “Torcida que nunca abandona!”. Frases que dizemos todo santo ano e que nada mudam. Por mais que a torcida esteja presente e apoie, parece que são indiferentes. ‘‘Ah, mas então você é contra apoiar o Grêmio?” Não, mas há de se parar e pensar. Qual investidor arriscaria seu dinheiro em uma empresa falida? Nenhum.

Ok, a relação torcida versus time é outra coisa. Mas a cada ano que passa, e a cada nova decepção em não ter a alegria de se comemorar um título, nossas forças vão se perdendo. A confiança vai diminuindo. A cada derrota temos a sensação de que é o fim. Estamos ferindo nosso orgulho a cada final perdida.

Não é querer ser pessimista, mas nas condições atuais e com base naquilo que vi(mos) nos últimos anos, a perspectiva do Grêmio em relação a títulos para esse ano não parecem nos dar alegrias. Um tom ressabiado paira sobre minha/nossas cabeças com relação à capacidade de reação clube.

Talvez este seja o ano da virada; talvez não. Talvez seja um ano espetacular e surpreendente; talvez não. Talvez seja só mais um, ou até pior do que os outros. Confio no Grêmio, mas desconfio que ele ainda seja capaz de nos alegrar. Espero estar errado.

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