Enderson não é um técnico
ruim. Apesar das dificuldades, fortaleceu o grupo e foi protegido por ele. Mas
não conseguiu estabelecer o que mais se esperava dele, que é um padrão de jogo,
pois como um “estudioso” do futebol, esperava-se maior facilidade para montar
um time eficiente taticamente. Mas não foi o que aconteceu. Nos jogos após a
Copa, todos notamos as dificuldades ofensivas do Grêmio, mesmo com um
meio-campo com bons jogadores. Era visível que o time não evoluía e que os
resultados não eram os esperados. A torcida perdeu a paciência e as críticas aumentaram. Era uma questão de tempo para o técnico ser demitido.
A direção do Grêmio andou na
contramão da cultura do futebol brasileiro. Enderson resistiu aos grenais da
final do Gauchão e à eliminação na Libertadores. Nem com resultados tão
negativos a confiança no trabalho de Enderson foi abalada. O Grêmio dispõe de
um bom grupo de jogadores, uma direção que esforçou para contratar, mas
simplesmente, o time não encaixou com Enderson. O clima para trabalhar após a
derrota para o Coritiba ficaria insuportável.
Não se coloca em dúvida a
competência do treinador. Talvez ele seja um dos técnicos mais promissores da
nova geração. Mas, no Grêmio, não conseguiu aliar teoria e prática. Futebol é
resultado e os resultados não vieram. Resta agora saber quem será o escolhido para
assumir o Grêmio e desejar que ele encontre as alternativas que Enderson não
conseguiu. É esperar e ver.
Saudações gremistas!
Boa semana!